Mulheres do Xingu ganham voz no documentário “XINGU Rio e Estrada”
- Val Araújo
- 11 de jul.
- 2 min de leitura

“Quantas histórias navegam pelos nossos rios, estradas, florestas, águas…?”Essa é a pergunta que abre caminho para o documentário “XINGU Rio e Estrada”, um curta-metragem sensível e poderoso que estreou na última semana em Altamira (PA). Dirigido por Val Araújo, o filme traz à tona as histórias de seis mulheres que vivem às margens do rio Xingu e da BR-230 — a Transamazônica — e que foram diretamente impactadas pelo processo de ocupação dessa importante e polêmica rodovia amazônica.
Mais do que registrar memórias, o documentário é um tributo à resistência feminina na Amazônia, revelando a força de mulheres que, diante de tantos desafios, seguem cultivando seus territórios, suas culturas e suas vidas.
🎥 Uma história contada pelas próprias protagonistas
Ao longo do filme, acompanhamos os relatos de seis mulheres com diferentes trajetórias, mas com algo em comum: todas enfrentam as consequências do avanço da fronteira do "desenvolvimento" na floresta. Elas falam de suas vivências no passado, presente e futuro, traçando uma linha do tempo que revela como o território foi sendo moldado — e ferido — pelas decisões externas que pouco consideraram quem realmente habita essa terra.
Através dessas histórias, o filme mostra que a Amazônia não é apenas um lugar de biodiversidade, mas também um espaço de sabedoria ancestral, força coletiva e resistência feminina.
🌱 Guardiãs da floresta e da memória
As personagens do documentário não são apenas vítimas de um sistema excludente. Elas são protagonistas ativas, que lutam por seus direitos, preservam seus saberes, cuidam da terra e da água, e mantêm viva a memória de seus povos e comunidades.
“XINGU Rio e Estrada” destaca o papel central das mulheres como guardiãs da floresta e da cultura, ocupando um lugar fundamental na luta contra as mudanças climáticas e pela preservação dos modos de vida amazônicos.
✨ Uma produção com olhar afetivo e político
Sob a direção de Val Araújo, o filme equilibra delicadeza e firmeza, mesclando paisagens naturais com depoimentos intensos. As imagens são poéticas, mas não escondem a realidade dura enfrentada por quem vive na região. O resultado é uma narrativa envolvente, que emociona e denuncia ao mesmo tempo.
O documentário não apenas questiona o modelo de ocupação da Amazônia, mas também devolve a voz às mulheres que historicamente foram silenciadas — e que agora têm, finalmente, a chance de contar suas próprias histórias.
📍 Acompanhe e compartilhe
Após a estreia em Altamira, o documentário deverá circular por outras comunidades da Transamazônica, além de espaços culturais e ambientais em todo o Brasil. A proposta é que “XINGU Rio e Estrada” chegue a públicos diversos, estimulando diálogos sobre gênero, território, meio ambiente e justiça social.
Se você se interessa por histórias reais que inspiram, emocionam e provocam reflexão, este documentário é imperdível.
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